domingo, 16 de maio de 2010
EXÚ
ÈSÙ
Está presente, mais que em tudo e todos, na concepção global da existência. É a capacidade dinâmica de tudo que tem vida. É o primeiro Òrisà a ser cultuado, por ser o encarregado de levar as mensagens aos Òrisàs, do Ayié ao Òrun.
Mitos
Èsù é filho de Yémoja e irmão de Ògún e Òsóòsì. Dos três, é o mais agitado, capcioso, inteligente, inventivo, preguiçoso e alegre. É aquele que inventa histórias, cria casos e o que tentou violar a própria mãe.
Exu Odara omokunrin Idolofin
Exu Odara, o homem forte de Idolofin
Paapa-wara; A tuka mase isa
O apressado, o inesperado
Ele, que quebra em fragmentos que não se pode juntar
Exu é personagem controversa, talvez a mais controversa de todas as divindades do panteão iorubá. Para alguns é considerado como não exclusivamente mau, enquanto para outros é tido como a própria personificação do Mal. A maioria dos iorubás compartilham a opinião de que Exu personifica o Mal e atribuem a ele a responsabilidade por situações de briga, perigo, confusão, tumulto, má conduta e loucura. É comum ouvirmos um iorubá orando Oloorun ma je ki a ri ija Esu - Possa Deus nos ajudar a evitar o combate com Exu..
No mito cosmogônico Exu figura como responsável pela conservação do axé, o grande e divino poder com o qual as divindades realizam seus feitos sobrenaturais. (Abimbola, 1976). Em outros mitos, mostra-se freqüentemente associado a Orumilá.
Um dia Exu recebeu de Orumilá 120 mil búzios7 economizados e prometeu negociar com eles. Mas como desejava ver o trabalho de seu companheiro arruinado, com esse dinheiro comprou uma velha e a trouxe para ele. Não passaram três dias e a velha morreu. Mas Orumilá, conhecendo muito bem as intenções maldosas de Exu, aceitou o incidente com calma e providenciou rituais fúnebres com todas as honras para a falecida. Pois bem. A velha era mãe de dois grandes reis - o Oba de Ibini (Benin) e o Oba de Oyo, que estavam procurando-a por toda parte, preparados para pagar por ela um resgate real. Ao tomarem conhecimento do ocorrido, compraram de Orumilá o cadáver da mãe por incontáveis bolsas de búzios. Assim, Exu não conseguiu criar obstáculos no caminho de Orumilá.
Outro mito esclarecedor a respeito das relações entre essas duas divindades o seguinte: Certa feita, Orumilá sofreu a ingratidão das pessoas do mundo e partiu para o céu, levando um feixe de varas e lamentando o ocorrido. No caminho encontrou Exu que lhe perguntou para onde ia. Ouvindo o relato, Exu considerou que, se os seres humanos podiam dizer coisas tão feias contra Orumilá, sempre tão generoso para com eles, o que não diriam dele próprio, sempre tão cruel? Então, acompanhou o amigo até o céu, carregando o feixe de varas para ele e lá chegando, ao ver as pessoas do mundo irou-se. Pegou algumas varas e começou a bater nelas. As pessoas clamaram a Olodumare por ajuda, dizendo que o promotor de desordens as havia seguido até o céu para matá-las. Olodumare enviou seus mensageiros para deter Exu e perguntou a Orumilá por que se recusara a proteger as pessoas entregues a seus cuidados. Este defendeu-se dizendo que Exu era responsável por todos os distúrbios do mundo e que dera, no céu, apenas uma demonstração de seu comportamento habitual na terra. Exu disse às pessoas que Orumilá as protegia no mundo mas não poderia protegê-las no céu. Então Olodumare disse a Orumilá que não levasse mais Exu ao céu e que cuidasse pessoalmente do bem-estar das pessoas no mundo. Aqui vemos Exu como gerador de distúrbios, dotado de poder para promover discórdias controláveis somente por Olodumare através de Orumilá.
Para Dopamu, Exu é o inimigo invisível do homem que, ardiloso e hábil, arremete sem descanso. Ao descrever as relações entre o homem e essa divindade, usa termos como estratégia e inimigo, denotando uma luta travada entre o Bem e o Mal, em dois campos de batalha articulados: o visível, na vida de relações sociais e o invisível, no íntimo da cada ser humano: Exu é uma realidade externa, bem como um demônio psicológico em nós. Embora Dopamu o considere como uma entidade exclusivamente malévola, outros autores o descrevem como uma divindade simultaneamente malévola e benévola (desde que receba seu tributo).
Seu santuário é geralmente construído fora da cidade ou da aldeia, podendo também ser encontrado em albergues para estrangeiros e encruzilhadas. É simbolizado por uma laje de pedra ou pedaço de laterita bruta enterrado obliquamente no chão. Às vezes é simbolizado por uma imagem feita de barro ou madeira. Cultuado e aplacado por toda a terra iorubá, aceita em sacrifício búzios, galos, cachorros e bodes, bem como uma parte dos sacrifícios oferecidos às demais divindades. Em algumas regiões realiza-se festivais anuais em sua homenagem, ocasião em que as pessoas lhe pedem bênçãos para a agricultura e proteção contra o mal.
Precauções
Deve sempre se afastar de brigas, tóxicos, bebidas, de maus elementos e também do mar, que exerce uma atração negativa nos filhos de Èsù.
Elemento: Fogo (terra e ar também são de Èsù)
Dia da semana: Segunda-feira.
Semana Yoruba: - Ojo Awo.
Cor: Branco, Amarelo, Vermelho e Preto.
Saudação: Laroyiê Èsù Mo Jubá . (Kogba = aceite)
Adorador: Eleèsù ou Omo Èsù .
Metal: Ferro, Prata, Ouro e Cobre.
Mineral: Carvão e Carbureto.
Pedra preciosa: - Ônix e rubi.
Profissão: Militares, diplomatas, jornalistas, vendedores, comerciantes.
Poder: Comunicação, comércio.
Força da Natureza: Todas, pois está em tudo que se manifesta. Vias públicas principalmente.
Fruto: Todos que são oferecidos aos outros Òrìsàs e principalmente as com características ácidas e com espinhos.
Flor: Rosa, Cravos e Palmas vermelhas.
Símbolos: Gorro, gancho, Ogó (membro ereto) e búzios.
Indumentária: Saiote vermelho e preto, azul escuro, branco.
Comidas: - Seca = Todas que são oferecidas aos outros Òrìsàs, farofa.
- Ave = Todas que são oferecidas aos outros Òrìsàs, galos pretos.
- Quadrúpede = Todos que são oferecidos aos outros Òrìsàs, bodes, cachorro.
Èèwò: - Adin e igbi.
Ritmos: Batá, Agere, Ilu, Ego.
Folhas: Em geral todas as plantas que contêm espinhos, ardem, queimam, formigam, intoxicam, envenenam ou provocam coceiras no corpo humano.
ATA (Capsicum baccatum L., SOLANACEAE) Pimenta-malagueta.
ATAARE (Xylopia aethiopica A. Rich, ANONACEAE) Pimenta-da-costa.
DANDÁ/LÀBÉ-LÀBÉ (Fuirena umbellata L., CYPERACEAE) Tiririca; Capim Navalha.
DIAMBA (Cannabis sativa L., MORACEAE) Maconha.
ÈKÈLEGBÄRÄ (Alternanthera phylloxeroides Mart. AMARANTHACEAE) Perpétua.
ÈSÍSÍ (Tragia volubilis L., EUPHORBIACEAE) Urtiga-branca.
FÁLÁKÀLÀ (Euphorbia pellurifera L., EUPHORBIACEAE) Corredeira – Curraleira. ÌKERÈGBÈ (Cestrum laevigatum Sch., SOLANACEAE) Coerana.
JOJÒFÀ / ÁJÒFÀ (Urera baccifera Gawd, URTICACEAE) Urtiga-vermelha.
Arquétipo: O arquétipo de Èsù é muito comum em nossa sociedade, onde proliferam pessoas com caráter ambivalente, ao mesmo tempo boa e má, porém com inclinação para a maldade, o desatino a obscenidade, a depravação e a corrupção. Pessoas que tem a arte de inspirar confiança e dela abusar, mas que apresentam em contrapartida, a faculdade de inteligente compreensão dos problemas dos outros e a de dar ponderados conselhos, com tanto mais zêlo quanto maior a recompensa esperada. As cogitações intelectuais enganadoras e as intrigas políticas lhes convêm particularmente e são para eles garantias de sucesso na vida. São pessoas intrigantes, desordeiros, animados, alegres e brincalhões, gostam de fiscalizar os outros, de resolver encrencas que surgem, ciumentos e interesseiros.
Cargo do Ilé Èsù: Iya Dagan (tem Otun e Osi); Elebó; Iya Moro
Sincretismo: Erradamente sincretizado com o diabo!
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CARO AMIGO, SUA POSTAGEM ME FEZ CRER QUE ESÚ E A REPRESENTAÇÃO DO PRÓPRIO MAL, AFF...
ResponderExcluirONIBODEORUN, LEMBRA DISSO?
OJISE?
INUBARIJO?
OLOJÁ?
OTÁ ORISÁ?
OLOBÉ?
ESÚ É TUDO, CÉU E INFERNO, O QUE VC CRIA ELE EXECUTA.
BRAÇO FORTE DE OLODUNMARÈ, CUMPRIDOR DE ORDENS.
OSETURÁ, UNICO DENTRE OS ORISÁS A SE APRESENTAR AOS PÉS DE OLORUN, A CHAVE DO UNIVERSO.
TUDO COME, TUDO BEBE, NÃO EXISTE IMPEDIMENTO DE BEBIDAS OU COMIDAS, IGBIN...CANSO DE DAR A ELE, EU NÃO, A AFRICA TODA.
ESÚ TA MI L'ORÉ MO JU GANGA LODO.
BASTA EU COLOCAR O ANZOL NA ÁGUA E ESÚ PROVERÁ DE PEIXES.
ELE É MEU AMIGO.
ESÚ É TUDO, MENOS ESCRAVO DE ORISÁ.
AMIGOS NUNCA MAIS ACEITEM ESSE PAPO DE DE QUE SEU ORISÁ TEM QUE TER UM ESCRAVO, ISSO NÃO EXISTE.
EXISTE O TEU BARA, O TEU ESÚ E PONTO FINAL.
E TODO DIA É DIA DE ESÚ, SEM ESSA DE SEGUNDA FEIRA, ISSO É CALENDÁRIO GREGORIANO, IGREJA CATÓLICA.
E SEXTA - FEIRA É DIA DE CULTO TBM, PRA QUALQUER ORISÁ, ABAIXO A IPOCRISIA DE FICAR ACENDENDO VELA PRA DEUS E O DIABO, NÃO PODEMOS SERVIR A DOIS SENHORES.
OU VC PROFESSA CULTO DE ORISÁ OU SEGUE OUTRA RELIGIÃO.
DIABO É A PQP, ELE É ESÚ.
ELE É O QUE VC DESEJAR QUE ELE SEJA.
FAÇA COMO EU, SEJA AMIGO DE ESÚ SEMPRE E ELE PROVERÁ E ABRIRÁ CAMINHOS PRA VC.
LAROYE ESÚ.
(ESÚ VIVE)
Caro Anônimo.
ResponderExcluirVisite bibliografia pesquisada em meu blog.
Então o que vc. acha do calendário ainda vigente em casas de axé tradicionais ligadas com o calendário cristão?
Minha Fé é totalmente africana (Yorubá) e por favor não use linguagem xula em meu blog. Educação,Elegância e Classe cabe em qualquer lugar! Não seja vulgar. Obrigado.
Caro Anônimo.
ResponderExcluirAproveito para registrar que não sou cristão e nem espírita!
Defendendo Pierre Fatumbí Verger; possessão é espiritual!
Nós do Culto aos Orixás emanamos a energia do Orixá a que pertencemos.
Não seja contraditório. Possessão é cristã e espírita!!!