Ano Novo do Orixá é Equinócio!
Lorogun, lórogún ou olorogum é uma cerimônia ritual que paralisa a maiorias das atividades nos terreiros de candomblé, estimulando seus crentes e adeptos ao descanso coletivo, marcando o final do ano litúrgico.
Período.
O lorogun acontece propositadamente no período da quaresma católica, logo depois do carnaval, terminando justamente no sábado de aleluia (primeiro sábado de lua cheia), onde começa o início do ano litúrgico (Ano Novo) para o povo do santo.
Ritual
Neste ritual não acontece sacrifício animal, embora seja oferecida comida ritual não só aos Deuses, mas à todos os participante, servido diretamente por todos os orixás do terreiro, extraordinariamente vestidos com roupas estampadas, menos os orixás funfuns que sempre estão com os suas vestes brancas. A comida é comportada em duas capangas à tira colo e distribuida a todos os presentes, depois estas capangas são penduradas na árvore sagrada do terreiro.
Em seguida, todos os orixás saem com um ichã (Atori, Atòrì ou Ichã é um apetrecho da cultura Nago-vodum em forma de cipó "vara", feito de uma planta chamada glyphaca lateriflora abraham, inerente aos Orixás nanã, oxaguian, obaluaye, oxumare, ossaim e iansã, principalmente a oya igbale e muito utilizado nos cultos de egungun.
Indispensável na festa do pilão e na construção de vários objetos sagrados como xaxará, ibiri e oposaim, sua imitação de metal em forma de seta pode ser vista nos assentamentos sagrados igba oxumare, igba ossaim e igba obaluaye, o mesmo material serve para confecção das colheres de madeira sobrepostas no igba nanã. Suas hastes são simbolizadas com os ancestrais e tem finalidade de afastar os espíritos (eguns) para o seu espaço sagrado, e eliminar as energias negativas da comunidade, proporcionando a saúde e longevidade dos crentes. Devidamente enrolado com tecidos ou papéis e começam simbolicamente uma luta, parecido com maculelê, este mesmo objeto é levado e depositado aos pés da árvore sagrada do terreiro.

Referências
Orun Aye: Encontro de Dois Mundos JOSE BENISTE
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